Estado compete na Mostra Olhos Livres e Aurora, que tem sessão dupla; programação de hoje também tem debates, exibição de curtas na mostra Panorama, de longas nas mostras Valores e Praça e show com Tutu com Tacacá

Com uma produção em franca ascendência nos últimos anos, o cinema goiano invade a programação da 22ª Mostra de Tiradentes nesta quinta (24/01). Além dos três curtas já exibidos na programação, dois longas do estado marcam presença nas sessões competitivas da noite, trazendo para a pauta do evento a questão da moradia e da propriedade rural, tão latente na região.

Às 18h, no Cine-Tenda, o documentário “Parque Oeste” apresenta na Mostra Olhos Livres a história de uma mulher que tenta reconstruir sua vida após ser vítima de uma violenta desocupação. O filme foi dirigido por Fabiana Assis. A questão da habitação sob ameaça se repete em “Vermelha”, primeiro longa de Getúlio Ribeiro, que concorre na Mostra Aurora a partir das 22h. A ficção acompanha dois viajantes ajudando o morador de uma zona rural endividado e ameaçado por um fornecedor de materiais de construção.

Antes dele, porém, outro longa participa da Aurora e encara o crivo do júri da crítica: o paraibano “Desvio”. Estreia de Arthur Lins (editor de “Batguano”) na direção, o filme exibido no Cine-Tenda às 20h conta a história de um detento que recebe permissão para uma saída temporária da prisão e, ao visitar sua família no interior do Estado, reconhece em uma prima adolescente a mesma chama que queimava em seu peito.

INCLUSÃO EM DEBATE

Já o Cine-Praça, às 21h, coloca na tela a questão da inclusão. Em sintonia com os esforços da Mostra de Tiradentes na promoção da acessibilidade, respeito e acolhimento de todos os públicos, o documentário “Meu Nome é Daniel” revela a trajetória pessoal de seu diretor, o carioca Daniel Gonçalves, portador desde a infância de uma deficiência que nenhum médico conseguiu diagnosticar até hoje. No filme, que será seguido de debate com o realizador e equipe, sob mediação do curador Victor Guimarães, o cineasta tenta compreender sua condição a partir de imagens de arquivo da família e registros atuais.

Outro Daniel, Paes, resolveu botar não a si mesmo, mas a própria Tiradentes, em tela no documentário “Alma da Cidade”. A partir dos relatos de habitantes de diferentes gerações e origens, ele e sua co-diretora, Solange Jobim, retratam as transformações da cidade no média-metragem que será exibido às 18h no Cine-Teatro Sesi, dentro da Mostra Valores.

Completando a programação cinematográfica da quinta, duas dobradinhas compõem a terceira série de curtas da Mostra Panorama, às 16h30, no Cine-Tenda. A sessão contará com duas produções de Pernambuco – “Reforma” e “Insipiente” - e duas do Rio de Janeiro – “Aurora” e “Perpétuo”.

FESTIVAIS TIPO EXPORTAÇÃO

A tarde também traz um importante encontro na série de debates promovidos por esta edição da Mostra. Às 15h, os convidados internacionais do evento se reúnem para discutir “Estratégias de Festivais Internacionais e a Visão de Programadores sobre o Cinema Brasileiro” no Cine-Teatro Sesi.

Na mesa, os argentinos Diego Lerer (representante da Quinzena dos Realizadores na América Latina) e Violeta Bava (consultora de programação do Festival de Veneza), juntamente com a equatoriana María Campaña Ramia (programadora do Ambulante Documentary Film Festival) e a suíça Mathilde Henrot (COO do site Festival Scope e programadora do Festival de Locarno), revelam os mecanismos e linhas de seleção de seus corpos curatoriais e apresentam suas impressões sobre o cinema brasileiro contemporâneo. A mediação será da curadora de longas Lila Foster.

Pela manhã, voltam à cena os imprescindíveis Encontros com os Filmes da noite anterior. Os debates começam às 10h, com o crítico cearense Érico Araújo Lima apresentando sua análise do longa “Currais”, seu conterrâneo, exibido na Mostra Olhos Livres na noite de quarta. Às 11h15, o baiano Rafael Carvalho e o público conversam com as realizadoras do filme mineiro “A Rainha Nzinga Chegou”, que também teve sessão na noite de ontem, na Mostra Aurora. Encerrando os trabalhos, às 12h30 sobem à mesa os diretores dos últimos quatro curtas da Mostra Foco.

NO RITMO DO PARÁ, VOL. 2

Depois do sucesso da apresentação do cantor Jaloo no último domingo, os ritmos paraenses estão de volta ao Sesc Cine-Lounge na noite de hoje, desta vez sob os acordes do grupo mineiro Tutu com Tacacá. A partir da 0h30, a banda de Belo Horizonte apresenta sua roupagem própria para o Carimbó, ritmo típico do grande Estado da região Norte. No show, a tradição dos tambores paraenses é misturada com a musicalidade de Minas Gerais. O repertório conta com músicas de compositores paraenses e mineiros, além de canções autorais, e é um convite à vivência da cultura do norte do Brasil e das raízes mineiras.

 

Serviço
 22ª MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES | 18 a 26 de janeiro de 2019

LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA

LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA

Patrocínio:  TAESA, KINEA/Itaú, CSN, CBMM, CEMIG, COPASA|GOVERNO DE MINAS GERAIS

Parceria Cultural: SESC em Minas

Fomento: CODEMGE|GOVERNO DE MINAS GERAIS

Apoio: ACADEMIA INTERNACIONAL DE CINEMA, SESI FIEMG, OI, INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL, TRES, WALS CERVEJA ARTE, MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, SENAC, CINEMA DO BRASIL, DOT, MISTIKA, CTAV, NAYMAR, CINECOLOR, GLOBO MINAS, CANAL BRASIL, EMBAIXADA DA FRANÇA, ETC FILMES, NOVA ERA SILICON, POLÍCIA MILITAR, PREFEITURA DE TIRADENTE E CENTRO CULTURAL AIMORÉS.

Incentivo: SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA| MINAS GERAIS

Idealização e realização: UNIVERSO PRODUÇÃO

MINISTÉRIO DA CIDADANIA | GOVERNO FEDERAL

 

LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO EVENTO 

Centro Cultural Sesiminas Yves Alves   

Largo das Fôrras 

Largo da Rodoviária

Escola Estadual Basílio da Gama